O Sport Club do Recife, fundado em 1905, viu o surgimento do brasão que se tornou tão familiar aos rubro-negros somente após uma experiência curiosa. O escudo foi inspirado por um incidente peculiar que ocorreu após a primeira excursão do clube para Belém-PA, onde conquistou o Troféu Leão do Norte ao vencer o combinado de Remo-Paysandu por 3×2 em 3 de abril de 1919.
Durante a viagem de retorno ao Recife, a delegação rubro-negra foi surpreendida por um torcedor paraense inconformado com o resultado. Ele danificou a cauda do leão que acompanhava o arqueiro grego na taça. Essa história ficou marcada no Sport, que decidiu adotar não apenas o animal em seu escudo, mas também como seu mascote.
O desenhista Armando Vieira dos Santos foi o responsável pela idealização do brasão. O escudo oficial possui um fundo com sete faixas paralelas em preto e vermelho. Sobre esse fundo, destaca-se a figura heráldica de um leão em pé e de perfil, em amarelo-ouro, sustentando uma miniatura do desenho mencionado.
Não fica por aí!
O primeiro brasão pouco se assemelha ao atual, abrangendo uma variedade de esportes e acompanhando o clube nos primeiros anos de sua fundação. No estatuto, era descrito da seguinte maneira:
“Sobre uma âncora, tendo no braço a data 13/05/1905, apoiada sobre um par de remos cruzando com um mastro contendo flâmulas descendentes e um croquete, um salva-vidas, tendo no centro uma bola de futebol entre um pau de críquete e uma raquete de tênis, cruzados, e em cima da bola pelas letras SCR, entrelaçados em monograma e, no corpo, escrito Sport Club Recife”.
Assim, o leão foi escolhido como o novo emblema do clube, simbolizando ousadia, coragem e um espírito vencedor. A arte foi criada pelo desenhista Armando Vieira dos Santos, que se inspirou na heráldica das armas escocesas para a concepção do escudo.