Romerito chegou sob críticas, mas no ano seguinte tornou-se um dos principais protagonistas na conquista do Sport na Copa do Brasil de 2008, compartilhando a artilharia da competição com seis gols, ao lado de Edmundo, do Vasco.
Entretanto, o término do contrato de empréstimo do Goiás para o Leão naquele ano impediu o atacante de participar dos 180 minutos finais do torneio. Durante os confrontos contra o Corinthians, Romerito alternou entre assistir pela televisão e apoiar nas arquibancadas da Ilha do Retiro.
“No início, não. Na hora que acabou o Estadual, a gente passou, se não me engano, as duas outras fases da Copa do Brasil. Aí, quando a gente passou pelo Palmeiras , o professor Nelsinho (Baptista) já me comunicou, veio conversar comigo, que já sabia que meu contrato acabaria 11 dias antes da final. E ele falou: “Nós vamos chegar na final”.”
“Aquilo me deu a vontade ir (ao Goiás) conversar e tentar resolver as coisas porque, se a gente chegasse à final, queria muito jogar. E foi o que aconteceu. Fui a Goiânia, deixei tudo conversado, que, se a gente chegasse na final, eles me liberariam. Infelizmente, não aconteceu isso.”
E ficou por isso?
Um dos principais jogadores da equipe, Romerito não conseguiu estender seu empréstimo com o time pernambucano e teve que retornar ao Goiás. O contrato chegou ao fim, e seu vínculo com o Goiás perdurou até o dia 31 de dezembro. O Goiás optou por não prorrogar o empréstimo, nem mesmo por mais 15 dias, o que teria permitido a participação de Romerito na final, resultando em seu retorno.
O meia-atacante, peça fundamental no esquema do Sport aos 33 anos, teve uma atuação crucial na Copa do Brasil daquele ano, especialmente diante do Palmeiras nas oitavas de final. Após o empate sem gols em São Paulo, o Sport venceu a equipe alviverde por 4 a 1 em Recife, com três gols marcados por Romerito. Mesmo assim, o atacante encerrou a competição como artilheiro, empatado com Edmundo, ambos com seis gols.
Ainda assim, o ídolo rubro-negro veio para a final no Recife:
“Nesse momento não tinha que (o Goiás) me liberar. Eu viria de qualquer forma, já tinha avisado a eles que eu sairia de lá já à noite porque Nelsinho queria que eu já chegasse na parte da manhã (da final) no clube. Eu cheguei e já tinha milhares de torcedores aqui, fui muito bem recebido na parte de fora da Ilha. Almocei com o pessoal (grupo do Sport), participei, fiquei junto deles na preleção, no vestiário, subi para o jogo.”