Roberto Taylor dos Santos expressa uma satisfação maior do que o reconhecimento que continua a receber da torcida do Sport até hoje. Para a maioria dos torcedores rubro-negros, esse nome pode ser desconhecido, mas ao mencionar “Betão”, apelido que carrega desde a juventude, imediatamente se remetem às memórias de 1987.
Naquela época, atuando como lateral-direito, Betão destacava-se por seus cruzamentos precisos, oferecendo assistências como poucos. Os jogadores da linha de frente, como Ribamar, Zico e Robertinho, podiam se orgulhar de contar com um “garçom” tão eficiente. Além disso, Betão era habilidoso em bater faltas, pênaltis e também marcava gols.
Em 2012, durante as celebrações dos 107 anos do clube da Praça da Bandeira, o ex-atleta foi eleito como um dos melhores jogadores de todos os tempos do Leão. Betão deixou uma marca indelével no Sport ao fazer história, sendo eternamente lembrado pelos louros rubro-negros pela conquista do primeiro título nacional.
Entrevista marcante
Sua importância vai além de simplesmente ter vencido o Brasileirão; ele foi um dos principais jogadores daquela equipe. Os feitos de Betão na Ilha do Retiro, contudo, não se limitaram a isso. Ele também conquistou títulos pernambucanos, como os de 1982 e 1988.
Em 1983, imediatamente após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo da Espanha, realizada no ano anterior, o lateral foi convocado para uma excursão da seleção nacional pela Europa. O treinador na época era Carlos Alberto Parreira, atual coordenador técnico do Brasil.
A equipe disputou quatro jogos contra Portugal, País de Gales, Suécia e Suíça. No entanto, o jogador do Sport atuou apenas nos dois primeiros confrontos.
“Foram tempos vitoriosos. Sem dúvidas, a melhor fase da minha carreira como atleta. Devo muito ao Sport e até hoje recebo esse reconhecimento. Entrei na seleção da história do clube como o melhor lateral-direito e isso me deixou imensamente emocionado.”
“Já havia me destacando no Sport quando fui chamado para a Seleção Brasileira de Novos. Me destaquei novamente, e o Parreira resolveu me chamar para a equipe principal. Fizeram muita festa para mim na Ilha”