O resultado financeiro do Sport em 2021 acabou sendo caótico. Embora tenha registrado sua maior receita total nos últimos três anos, totalizando R$ 94,1 milhões, o clube encerrou o período com um saldo negativo de R$ 70,2 milhões.
A subtração da receita líquida (R$ 83,6 mi) pelas despesas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021 resultou no pior resultado financeiro do clube neste século, iniciando a análise a partir de 2001, por ser o recorte mais apropriado para a avaliação.
Como se chegou a uma “despesa” absoluta de R$ 153,9 milhões em um ano? Não se tratou apenas do futebol. Na verdade, os gastos com as atividades esportivas totalizaram R$ 65,1 milhões, representando 42,3% do total, sendo R$ 49,1 milhões em salários, R$ 9,0 mi em despesas com competições e R$ 6,9 mi na base e em direitos contratuais.
Rebaixamento prejudicou
Esse valor, considerando a Série A, é até aceitável para o patamar do Leão, mas o desfecho foi o rebaixamento à Série B, o que provavelmente impactará significativamente o próximo balanço, a ser divulgado até 30 de abril de 2023.
Na esfera trabalhista, o departamento jurídico classificou 87 processos trabalhistas como “prováveis perdas”, totalizando R$ 29,8 milhões. Esses casos foram integralmente provisionados na estrutura contábil do clube, sendo contabilizados como dívida, embora o Sport possa eventualmente pagar menos, dependendo da sentença.
Além disso, foram identificadas outras 137 ações como “possíveis perdas”, com um valor que pode chegar a R$ 54,10 milhões, demandando mais esforços nos tribunais. Em resumo, esses 224 processos totalizam R$ 83.944.198.