Em 7 de fevereiro de 1988, o Sport vencia o Guarani e conquistava o título brasileiro da competição que teve início no ano anterior, em 1987. No entanto, devido a problemas na organização, o Flamengo persiste em buscar o reconhecimento desse título nos tribunais até os dias de hoje.
O Sport, respaldado pela CBF e pela FIFA, assegura que o único campeão nacional daquela temporada é o rubro-negro de Recife. Além de intensificar a rivalidade entre os clubes, essa disputa também gerou um confronto singular para Zico.
O torcedor pernambucano reconhece que, de fato, o meio-campista pode celebrar aquela conquista. Não se trata de Arthur Antunes Coimbra, o renomado Galinho de Quintino, mas sim de Jair Theodoro dos Santos, o Zico que o tempo esqueceu, que naquela época também ostentava a camisa 10, porém, a do Leão.
Adjetivos únicos
Além do nome, o ex-jogador do Sport, Jair Theodoro, compartilhava a posição de meia-atacante com o Zico carioca, ambos usando a camisa 10. No entanto, devido ao passar do tempo e à escassez de registros daquela época, o Zico do Sport nega qualquer tipo de comparação. Segundo Jair, o apelido não tem relação com seu colega de profissão, sendo, na verdade, uma mera coincidência.
“Eu sou o verdadeiro Zico Campeão Brasileiro de 87. Falo isso de ser o verdadeiro campeão sem provocação, sem arrogância nenhuma. Zico é um craque, um ídolo. Era brincadeira o que ele jogava.”
Sobre o apelido: “O dele, pelo que li, foi por conta do nome, né? Arthur, Arthurzinho, Arthurzico, Zico. O meu, para falar a verdade, eu não sei como surgiu. Foi um tio meu que me deu esse apelido. Ele nunca me explicou por quê.”
“O time do Flamengo era uma seleção. Eles ganharam vários Campeonatos Brasileiros, mas o de 1987 não.”