Em 2017, o Sport e o Náutico deixaram de fazer parte da Liga do Nordeste, formalizando a saída da entidade responsável pela organização da Copa do Nordeste. Os clubes pernambucanos assinaram o documento de desfiliação e divulgaram as notas.
Quanto ao Santa Cruz, a permanência ou saída ainda não estava definida, sendo que uma reunião com o conselho deliberativo estava agendada para discutir o assunto e tomar uma decisão. Os presidentes do Sport e do Náutico detalharam a saída em uma coletiva de imprensa realizada em um restaurante na zona norte do Recife, contando com a presença de representantes da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).
Nos bastidores, comentava-se sobre três razões para a insatisfação das equipes: a fórmula de disputa, o calendário, que se tornou mais apertado com a inclusão de mais equipes, e o repasse financeiro. No entanto, oficialmente, Sport e Náutico ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Como foi a situação?
O Sport, campeão pernambucano naquele ano e vice do Nordestão, teria vaga direta para o regional. Enquanto isso, o Náutico, que ficou em quarto lugar no Estadual, já estaria excluído da competição de qualquer forma.
O Santa Cruz, terceiro colocado, inicialmente participaria de uma seletiva para entrar na fase de grupos da competição. Contudo, diante da iminente saída do Sport, herdaria uma posição direta na fase principal.
Com a inclusão da Copa do Nordeste, os clubes da região se encontravam em uma situação em que poderiam participar de até cinco competições simultaneamente no início do ano.
O presidente do Sport na época, disse o seguinte:
“Tivemos vários jogos, aqui em Pernambuco, com mil, 800 pagantes, o que nunca havia acontecido. Jogando quarta e domingo, quarta e domingo toda semana. Até podemos jogar quarta e domingo, mas tem de ser exceção. Esse não é o único, mas é um dos motivos para termos jogos com públicos tão baixo. Porque o excesso de jogos, muitos pouco atrativos, acaba fazendo o torcedor ter de escolher: ou vai para um jogo ou vai para outro.”