O Sport moveu e venceu um processo contra a Torcida Jovem, responsável pelo ataque ao ônibus do Fortaleza na última quinta-feira (22), que resultou em seis jogadores feridos. Apesar da vitória judicial, o clube nunca recebeu a indenização determinada.
O processo teve início em 2015, quando membros da Torcida Jovem se envolveram em uma briga no estádio Couto Pereira durante um jogo contra o Coritiba. Como punição, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva impôs ao clube a perda de um mando de campo e uma multa de R$ 50 mil.
O Sport recorreu da decisão e a Justiça de Pernambuco determinou que a Torcida Jovem arcasse com os danos. No entanto, essa obrigação nunca foi cumprida. A sentença favorável ao Sport foi emitida em 2018, estipulando o pagamento de R$ 575.833,90, incluindo a multa prevista no Código de Processo Civil.
O que aconteceu afinal?
O valor nunca foi quitado, pois a organizada não possui vínculos com instituições bancárias, tornando a execução da indenização um desafio. Um oficial de Justiça conseguiu penhorar apenas cinco camisas como forma de garantia.
“A conduta do réu [Torcida Jovem] acaba por prejudicar a imagem do autor devido à repercussão do caso na mídia, assim como, pelo fato de a torcida ser associada à sua imagem.” – disse juiz Brasílio Antônio Guerra, da Seção A da 2ª Vara Cível da Capital pernambucana.
Em 2021, a execução do pagamento foi interrompida devido à inexistência de bens penhoráveis.
A agressão ao ônibus do Fortaleza perpetrada pela Torcida Jovem do Sport ocorreu na noite da quarta-feira passada, logo após o empate de 1 a 1 entre Fortaleza e Sport na Copa do Nordeste. Projéteis como pedras e bombas foram lançados dentro do veículo durante o incidente.