Deputados estaduais utilizaram o plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para expressar sua insatisfação com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de penalizar o Sport Clube do Recife pelo ataque promovido pela torcida organizada do clube contra o ônibus do Fortaleza, ocorrido na semana passada após uma partida realizada na Arena de Pernambuco.
A medida determina que os próximos jogos do Leão ocorram com portões fechados e que a torcida perca o privilégio de adquirir ingressos quando atuar como visitante em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O deputado Alberto Feitosa (PL) classificou a decisão como desproporcional. Durante a sessão da última terça-feira (27), ele enfatizou que o incidente ocorreu a uma distância considerável do estádio, sendo, portanto, responsabilidade do governo e não do clube.
O que foi dito?
O parlamentar também ressaltou que o clube contratou 340 seguranças privados para assegurar a tranquilidade nos arredores e dentro do campo. “Isso é um absurdo. Quem não deu a devida segurança foi a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal e a própria polícia pernambucana, embora tenha feito um belo trabalho no estádio e nas cercanias”.
“Não foi a torcida organizada que se reuniu para praticar desordem”. Disse Fabricio Ferraz, do Solidariedade.
“Não se pode culpar o clube por ações de bandidos que se dizem torcedores para manchar uma instituição centenária como o Sport”. – disse Rodrigo Farias do PSB.
“O estatuto do torcedor não pode servir de manto para vândalos e criminosos que usam o nome e o escudo de um clube de futebol. São esses marginais e terroristas que afastam as famílias e os torcedores de bem dos estádios. No entanto, a meu ver, a determinação imposta pelo STJD está descalibrada e terá impacto direto nas atividades do Sport” – disse Felipe Carreras, do PSB.