José Roque Paes, natural de Cuiabá, Mato Grosso, nascido em 16 de agosto de 1933 e falecido em 21 de junho de 1971, era mais conhecido como Traçaia. Este ostenta o título de maior artilheiro da história do Sport, tendo marcado 202 gols em uma única passagem de oito anos pelo clube.
Entre esses 202 gols, destacam-se 10 hat-tricks e duas partidas em que o craque balançou as redes quatro vezes (Sport 10×0 Auto Esporte em 1955 e Sport 7×1 Íbis em 1959). Sua estreia com a camisa rubro-negra ocorreu em 1955 e Traçaia sagrou-se Campeão do Cinquentenário, integrando a célebre linha de ataque composta por Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e Geo.
Traçaia foi o artilheiro da competição, marcando 22 gols, incluindo dois decisivos na terceira partida da final contra o Náutico, vencida por 3×2 nos Aflitos. Em 1956, conquistou o bicampeonato pernambucano sob o comando do argentino Dante Bianchi, formando novamente a linha de ataque de 1955. Ele marcou o gol do título na vitória por 1×0 sobre o América.
Sequência pelo Leão
O ano de 1957 ficou marcado pela primeira excursão do Sport ao exterior, com Traçaia deixando sua marca na Europa e no Oriente Médio. Destaque para o gol contra o Real Madrid, apesar da derrota por 5×3 no Santiago Bernabéu. Em 1958, Traçaia conquistou mais um título pernambucano, desta vez sob o comando de Dante Bianchi, marcando o gol do título na vitória por 1×0 sobre o Santa Cruz na Ilha.
No ano seguinte, em 1959, o Sport disputou sua primeira competição nacional de clubes, a Taça Brasil, e Traçaia fez parte da campanha, culminando com a desclassificação nas quartas-de-final contra o Bahia.
O quarto título pernambucano do artilheiro veio em 1961, sob o comando de Palmeira e com destaque para o uruguaio Raúl Bentancor. Em 1962, após uma breve participação no Campeonato Pernambucano, Traçaia transferiu-se para o FC Admira, na Áustria, encerrando sua carreira no futebol.