“O avião, patrão! O avião!” – quem não lembra dessa frase marcante do seriado Ilha da Fantasia? Na Ilha do Retiro, o grito pode não ser ouvido, mas a visão de um avião, estacionado no parquinho da sede do Sport Club do Recife, é uma lembrança constante da história rica e peculiar do clube.
O avião, um modelo T-33, foi fabricado nos Estados Unidos nos anos 40 e inicialmente usado em operações de guerra e treinamento de jovens pilotos.
Este modelo, em particular, tem um passado notável, pois foi um T-33 que causou a queda do avião que transportava o ex-Presidente da República Humberto Castelo Branco em 1967.
A jornada do T-33 até o Sport começou nos anos 70, quando Rubem Moreira, então presidente da Federação Pernambucana de Futebol, viu o avião no Parque de Material da Aeronáutica, localizado por trás da base aérea no Recife.
Momento histórico do Sport
Com sua influência e conexões, Moreira conseguiu trazer o avião para a Ilha do Retiro. Durante anos, o avião ficou no chão do parque até que, em 1981, Dulce Mosinho, uma conselheira do clube, com o apoio do governador Gustavo Krause, conseguiu erguê-lo na estrutura que hoje o mantém.
Em 1984, Arsênio Meira, presidente do Sport na época, instalou uma placa na estrutura do avião em homenagem ao secretário geral do clube, Martinho Campello.
Essa base foi reformada em 2002 durante a gestão de Fernando Pessoa, garantindo que o avião continuasse a ser uma presença imponente e simbólica na sede do Sport.
Este avião não é apenas uma peça de decoração; ele simboliza a história, a dedicação e o esforço conjunto de várias gerações de torcedores e dirigentes do Sport Club do Recife.
Assim, o T-33 permanece na Ilha do Retiro, não apenas como uma relíquia, mas como um testemunho vivo da história e da paixão que envolvem o clube.