Três meses após sua saída do Sport Recife em 2021, o camisa 90, André, finalmente quebrou o silêncio sobre sua tumultuada passagem pela Ilha do Retiro. Ele optou por manter-se em silêncio até que a rescisão de contrato com o Sport fosse oficialmente assinada, com o intuito de evitar causar problemas desnecessários.
Sua saída ocorreu em outubro, em meio à crise enfrentada pelo clube. Naquela época, André teve conversas com o técnico Gustavo Florentín, a diretoria e até mesmo com o presidente. André ingressou no Sport em maio, durante a gestão do então presidente Milton Bivar.
Desde então, testemunhou a renúncia do mandatário, a entrada de um presidente provisório e a realização de novas eleições. Entretanto, os desafios enfrentados pelo centroavante começaram bem antes.
A primeira vez em que André se manifestou publicamente ocorreu após o empate com o Atlético-GO. Na ocasião, o atacante expressou sua insatisfação com informações inverídicas e clamou pela nomeação de um novo presidente, enquanto o clube estava sob a liderança de um mandatário provisório. A diretoria do clube, no entanto, fechou um acordo com o elenco, suspendendo 30% dos salários até o final da temporada.
Veja as aspas do atacante
“Não conhecia o presidente, ele já renunciou. Tinha feito um sacrifício para ir para o Sport, depois tive que fazer outro que foi mais 30% (dos salários). Algumas pessoas não queriam e aí eu, como um dos líderes, e outras pessoas tivemos que convencer a aceitarem. Foi tudo muito desgastante.”
“Não dá para você fazer tudo ao mesmo tempo. Cuidar do extracampo, jogar futebol. Foi o que eu falei para o pessoal. Não estava conseguindo ser babá, diretor e ainda fazer gol. Então estava me atrapalhando. Estava me prejudicando e para não prejudicar o clube, eu preferi sair.”
“Diretores ficaram chateados, conselheiros ficaram chateados. Mas eu só falei a verdade. Acabou que outro diretor não falava mais comigo e começaram a falar coisas que não eram verdade sobre mim e o Thiago Neves.”