Crime: Mascote do Sport foi preso por suspeita de estupro

Anderson Joaquim da Silva, de 38 anos, conhecido em Pernambuco por desempenhar o papel do mascote Leão do Sport Clube do Recife, foi detido em 2019 sob suspeita de estupro de vulnerável na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. Após a descoberta da investigação, o suspeito vendeu sua residência no município de Camaragibe e se estabeleceu no local onde foi localizado.

Conforme informações do delegado Breno Varejão, Anderson está sendo investigado por dois casos: um ocorrido há oito anos, envolvendo uma vítima de seis anos na época, e outro no final do ano passado, com uma adolescente de 14 anos.

Atualmente, Anderson encontra-se na Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. O caso está sob investigação da Delegacia de Camaragibe. O crime de estupro de vulnerável possui pena prevista de oito a 15 anos.

Entenda a situação


Anderson Silva desempenhou o papel de ator e cobrador de ônibus, mas nos dias de jogo, ele se transformava no homem que veste oito peças, predominantemente de pelúcia, assumindo a identidade de Leo. Foi o responsável por animar a criançada e seus pais em cada partida do Sport, sendo uma presença constante no gramado da Ilha do Retiro desde 2007.

Quanto à origem do mascote, em 1919, o Sport realizou uma excursão a Belém para enfrentar um combinado do Remo e Paysandu. A viagem gerou grande expectativa, pois naquela época, o Pará era considerado um centro futebolístico mais forte do que Pernambuco. Os pernambucanos empataram o primeiro jogo em 3 a 3 e venceram o combinado por 3 a 2 no segundo confronto, conquistando o troféu Leão do Norte.

A situação ficou tensa, já que os paraenses, insatisfeitos, tentaram recuperar a taça à força, resultando em danos à peça. A resistência dos rubro-negros diante desse episódio foi considerada heroica, levando-os a adotar o Leão como símbolo do clube. Essa escolha representou não apenas força e garra, mas também uma dose de provocação.