Em uma revelação surpreendente, Homero Lacerda, ex-presidente do Sport durante o título do Campeonato Brasileiro de 1987, compartilhou uma história polêmica sobre os bastidores do futebol. Durante uma entrevista no Programa João Alberto, ele contou como trancou um juiz em um hotel para evitar que o árbitro prejudicasse o Sport em um jogo decisivo contra o Bangu.
Segundo Homero, na véspera da partida, ele foi informado de que o árbitro José Luís de Aragão havia sido escalado para o jogo, substituindo um árbitro mais neutro.
Atitude de dirigente do Sport
Aragão tinha ligações com Castor de Andrade, presidente do Bangu e conhecido bicheiro, o que levantou suspeitas de parcialidade. Diante disso, Homero decidiu agir de maneira inusitada para proteger os interesses do clube pernambucano.
“Na véspera do jogo contra o Bangu, para definir quem ia para a final do módulo para cruzar com o verde, como tinha no regulamento e depois não teve cruzamento, havia sido escolhido um árbitro por sorteio. Na véspera do jogo de noite me liga Carlos Alberto. Ele me disse: ‘Homero, bronca para gente, viu. Perdemos a partida de amanhã contra o Bangu. Tiraram o árbitro sério e colocaram José Luís de Aragão. Para você ter noção, a mãe dele foi operada na semana passada nos Estados Unidos, com tudo pago por Castor de Andrade'”, revelou Homero.
Essa atitude reflete os tempos conturbados e as táticas extremas usadas nos bastidores do futebol brasileiro na época, destacando a intensidade e a rivalidade envolvidas nas competições.
A história de Homero Lacerda não só revela as complexidades do futebol nos anos 80, mas também serve como um lembrete das medidas drásticas que dirigentes estavam dispostos a tomar para assegurar o sucesso de seus clubes.