O ex-jogador e técnico Paulo Roberto Falcão teve seu caso de importunação sexual arquivado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Até o momento da alegação, Falcão ocupava o posto de coordenador esportivo do Santos, função da qual se demitiu imediatamente após a acusação ser divulgada, não fazendo qualquer comentário sobre as alegações feitas.
O juiz responsável pelo caso, Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos, decidiu pelo arquivamento justificando ausência de provas suficientes para que o inquérito tivesse seguimento. O magistrado analisou e concluiu que não havia indícios de qualquer comportamento inadequado de cunho libidinoso.
O juiz justificou que “nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso”, sendo essa a razão para a não configuração da suspeita de importunação sexual. Contudo, mantém-se a postura de respeito à vítima declarante, pontuando que a queixa de assédio é válida, indicando, assim, um comportamento inadequado por parte de Falcão. A interpretação da denúncia, no entanto, não aponta para um crime de importunação sexual.
Qual foi a denúncia contra Falcão?
Em 4 de agosto de 2023, Falcão foi denunciado por importunação sexual por uma recepcionista do apart hotel onde o ex-jogador residia na cidade de Santos, no litoral paulista. De acordo com a vítima, o ex-atleta adentrou uma área exclusiva para funcionários e se antepôs a ela fazendo comentários sobre o sistema de segurança do local. A defesa da vítima reportou duas tentativas de importunação, nas datas de 2 e 4 de agosto do mesmo ano..
No que diz respeito à passagem de Falcão pelo rubro-negro, naquela época, o presidente do Sport era João Humberto Martorelli. Falcão foi dispensado em abril de 2016, depois de sete meses de serviço. O motivo principal foi a eliminação na semifinal da Copa do Nordeste contra o Campinense.
No total, ele liderou o Leão em 34 partidas, alcançando 17 vitórias, seis empates e 11 derrotas, resultando em um aproveitamento de 55%.