Uma figura icônica no Vasco da Gama e na Seleção, Barbosa teve uma passagem pelo Santa Cruz entre 1955 e 1956, já na fase final de sua carreira. No Rio de Janeiro, o goleiro tornou-se uma das principais figuras do futebol brasileiro na década de 40, participando do Expresso da Vitória, considerado até hoje o maior time da história do Vasco.
Nascido em Campinas em 27 de março de 1921, Moacir Barbosa Nascimento começou sua jornada no futebol como ponta no Comercial. Em 1942, já como goleiro, transferiu-se para o Ypiranga, onde se destacou no Campeonato Paulista e chamou a atenção dos grandes clubes brasileiros, sendo contratado pelo Vasco da Gama.
Em 1950, apesar de suas boas atuações, foi apontado como o culpado pela derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo, supostamente por uma falha no gol de Alcides Gigghia. Mesmo após esse episódio, Barbosa continuou sendo um dos principais jogadores do Vasco e defendeu a Seleção em outras oportunidades.
Ida ao Santinha
Após ficar de fora da lista final para a Copa do Mundo de 1954, devido a uma lesão sofrida em 1953, quando teve a perna quebrada em um choque com o atacante Zezinho, Barbosa decidiu mudar de ares. Em 1955, acertou sua ida para o Santa Cruz, buscando contribuir para o retorno do clube à hegemonia no cenário local.
Apesar das boas atuações do goleiro, o Santa Cruz não conseguiu alcançar os resultados esperados em 1955, perdendo a chance de chegar à decisão do Campeonato Pernambucano. Em 1956, o clube venceu o Torneio Início, mas não conseguiu conquistar o título estadual, ficando atrás do Sport.
Após a perda do título de 1956, Barbosa retornou ao Rio de Janeiro para defender o Bonsucesso. Mais tarde, voltou ao Vasco, onde jogou entre 1958 e 1962, encerrando sua carreira no Campo Grande aos 41 anos. Após vários anos vivendo no Rio de Janeiro, Barbosa retornou ao estado de São Paulo, estabelecendo-se em Praia Grande, onde faleceu em 7 de abril de 2000.