O brilho do Grafite foi muito claro no dia em que o rival do Sport caiu na Sul-Americana. Em 2016, o Santa Cruz protagonizou uma grande partida contra o Independiente de Medellín. Grafite, que vinha de quinze jogos sem marcar, destacou-se ao marcar três gols, conduzindo o tricolor a uma posição vantajosa até os 31 minutos do segundo tempo.
O time pernambucano, desta vez sem poupar nenhum esforço, atacou com mais intensidade e defendeu-se com firmeza, contando com Néris e Danny Morais impecáveis diante do ataque confuso dos colombianos, que erravam o tempo de passe e chutes na entrada da área.
Contudo, em um momento infeliz do goleiro Edson Kölln, que saiu mal em uma cobrança de escanteio, a bola sobrou para Ibarguen marcar o único gol visitante, resultando em um placar de 3 x 1 e a eliminação coral.
Catástrofe não ocorreu
Com a decisão de poupar jogadores-chave como Keno, João Paulo e Léo Moura em Medellín e um time desfalcado tecnicamente, a derrota por 2 x 0 ficou barata. Além disso, essa decisão da direção estava vinculada à péssima campanha no Brasileiro.
O reflexo disso foi observado no Arruda, com apenas 5.474 torcedores presentes. Pelo menos, o público estava animado, com 200 músicos corais tocando frevo. E foi no ritmo acelerado que o Santa Cruz dominou o primeiro tempo, com Grafite marcando dois gols de cabeça aos 13 e aos 30 minutos.
Com o placar empatado, o time atuou de forma mais cadenciada na segunda etapa, sem se precipitar. A estratégia era buscar a bola e jogar com inteligência, aproveitando também a fraca atuação do campeão colombiano, que oferecia pouco perigo e deixava espaços.
Grafite aproveitou esses espaços, completando o hat-trick internacional aos 25 minutos. Foram seis minutos de glória, garantindo a classificação para as quartas da Sul-Americana, um feito inédito no Nordeste, até o golpe final. Ao final da partida, com justiça, Grafite foi aplaudido. O Santa Cruz deixou a competição com R$ 2,1 milhões em cotas, um prêmio merecido por sua performance.