No momento em que o ônibus da delegação do Fortaleza foi atacado por aproximadamente 100 pessoas, retornando ao hotel após o jogo com o Sport na Arena de Pernambuco, estava sendo escoltado por apenas oito policiais militares.
A escolta consistia em cinco motocicletas, cada uma com um policial, e uma viatura com três homens. Esse procedimento, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), é considerado padrão, e até aquele momento, nenhum incidente havia sido registrado.
A SDS defende que o número de policiais na escolta era adequado e suficiente. A justificativa da SDS para a ausência de detenções de agressores após o ataque foi a priorização do socorro aos feridos.
“Foi um fato isolado, mas o planejamento vai ser revisto. Vamos estudar esse caso. Um grupo de 80 a 100 pessoas, de forma premeditada e furtivamente, se preparou para o ataque. A polícia cessou a agressão e dispersou o grupo para realizar o socorro imediato.” A declaração foi feita pelo Coronel Alexandre Tavares, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Futebol da SDS.
Coronel se posicionou
“A escolta era em número suficiente para realizar esse procedimento que é sempre feito. É o tradicional, que é realizado em todos os jogos. Depois de cessar a agressão e dispersar o grupo, o efetivo fez os primeiros socorros, levando pessoas feridas na viatura para o hospital.”
“Ninguém foi preso porque, na hora, o número de policiais na escolta estava em menor número que o grupo. Após verificar que já havia danos ao ônibus e que pessoas precisavam de socorro imediato, o que a polícia fez, corretamente, foi cessar a agressão. Com certeza, se não estivesse lá seria muito pior.”
“Antes do jogo, houve um princípio de tumulto entre torcedores do Sport e Fortaleza. O Choque fez a primeira intervenção e nesse momento identificou fogos e rojões. Mas não há relação disso com o fato da madrugada. É natural que, durante essas abordagens, se encontrem esses tipos de artefatos, que são aprendidos, e a pessoa, dependendo da gravidade, conduzida à delegacia.”