Os três grandes confrontos pernambucanos ultrapassaram a marca de 500 partidas cada. Ao longo de um século, esses encontros foram descritos de diversas maneiras: matchs, prélios, pelejas… clássicos. Atualmente, cada confronto possui uma denominação específica, enraizada na tradição.
Embora seja desafiador precisar as datas exatas, as primeiras menções dessas designações ocorreram há mais de seis décadas, aproximadamente. Não é simples determinar com exatidão quando essas nomenclaturas surgiram, mas é possível rastrear as primeiras referências no Diario de Pernambuco.
Foi nesse periódico que os jogos do Campeonato Estadual deixaram de ser rotulados como “clássicos citadinos” ou versões de outras praças, como o “Fla-Flu do Nordeste” para os confrontos entre Náutico e Sport.
A origem
Em 12 de outubro de 1945, o jornal apresentava detalhes sobre o próximo confronto entre Náutico e Sport, agendado para dois dias depois. É relevante observar que, neste contexto particular, o extinto Jornal Pequeno já havia empregado a expressão “clássico dos clássicos” dois meses antes, em 18 de agosto.
“A grande atração da tarde de domingo, porém, será a disputa do clássico dos clássicos do futebol pernambucano. Na peleja mais sensacional dos últimos tempos, Náutico x Esporte estarão envolvidos no estádio dos Aflitos, ansiosos por uma melhor colocação na tabela, onde aparecem com dois pontos de diferença para o líder.”
O “Clássico dos Clássicos”, também conhecido como “Clássico do Nordeste” a partir da segunda metade do século XX, refere-se ao confronto entre o Clube Náutico Capibaribe e o Sport Club do Recife. Este é o terceiro clássico mais antigo do Brasil, ficando atrás apenas do Clássico Vovô no Rio de Janeiro e do Grenal em Porto Alegre.