A questão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) tem sido uma pauta constante no Sport há cerca de dois anos, porém, os avanços têm sido pouco perceptíveis até o momento. O primeiro passo para esse processo depende do Conselho Deliberativo, onde está em curso o debate sobre as alterações no estatuto, necessárias para a transição para um modelo de clube-empresa.
Portanto, possíveis contratos para a implantação da SAF no Sport estão pendentes sem a previsão de conclusão positiva.
O presidente executivo do clube, Yuri Romão, expressou preocupação com os atrasos nessa discussão. Ele observou que houve um atraso de pelo menos seis meses no debate interno sobre o tema e acredita que seja “pouco provável” que a implementação da SAF ocorra até o final de seu mandato, que se encerra no final deste ano.
Diante das incertezas e das muitas dúvidas que pairam, o Sport está considerando convocar uma coletiva de imprensa com o presidente do Conselho Deliberativo, Silvio Neves Baptista, para esclarecer o assunto. Especialmente porque, no início desta semana, ocorreu uma sessão extraordinária na qual a discussão sobre a reforma do estatuto ganhou força.
“O estatuto acredito que sai este ano. A entrada de um investidor, pouco provável. Sem investidor, continuamos trabalhando para arrumar a casa, deixá-la organizada para quando chegar o momento, nossos números, nosso patrimônio, tudo estar mais valorizado.”
“Sinceramente, acho que sim (que está atrasada). Essa discussão agora em abril, ela, por mim, deveria ter sido feita no final do ano passado. Eu diria aí que a gente está atrasado em algo próximo de seis meses.”
A verdade é que a falta de progresso no assunto tem sido motivo de frustração para o presidente Yuri Romão. Pouco tempo após assumir o cargo, em fevereiro do ano passado, ele trouxe a questão da SAF para discussão no Conselho, argumentando que o clube não poderia se dar ao luxo de ser “omisso e perder tempo”.