Conforme os pesquisadores associados ao Sport, o “Cazá” teve sua origem na década de 30, inicialmente vinculado ao lema “Pelo Sport, tudo”, criado em 1936 para a campanha de construção da Ilha do Retiro. Nesse mesmo ano, Sebastião Lopes compôs a letra de um frevo-canção, com arranjo do maestro Nelson Ferreira. A canção, também conhecida como “Moreninha”, entoava pela primeira vez o famoso “cazá, cazá”.
Há relatos de alguns torcedores do Sport que afirmam que o ex-jogador Almir Pernambuquinho teria levado o frevo-canção para o Vasco quando se transferiu do Rubro-Negro para o Cruzmaltino. Outra versão sugere que a origem do “Cazá” teria surgido um pouco antes, em 1930, durante o Carnaval pernambucano com o bloco da “Turma Boa”.
Segundo o historiador vascaíno Walmer Peres, o termo “fuzarca” teve sua origem em 1927 com um significado distinto do que é atribuído a ele nos dias atuais. É provável que tenha sido a partir desse contexto que os torcedores vascaínos tenham adotado o grito. Referente ao Sport, não encontramos tal referência.
A letra
“Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo! Vejo no batom dos teus lábios E no teu cabelo ondulado As cores que dominam altaneira por morena Do meu glorioso estado Moreninha que estas dominando desacatando agora pelo entrudo (2x) Chegou a hora de gritares loucamente Hip, Hip, Hip, Hurra Pelo Sport Tudo! Ter passado o carnaval Pra que não te falte a boa sorte Tira da minha vida e te manter eternamente Tudo, tudo pelo Sport Cazá, cazá, cazá, cazá, cazá A turma é mesmo boa? É mesmo da fuzarca! Sport! Sport! Sport!”
Seja “cazá” ou “casaca”, uma certeza é inegável: a turma é animada e propícia à fuzarca. Com diversas curiosidades e alguns aspectos ainda não completamente esclarecidos, os gritos de guerra do Sport e do Vasco atravessam décadas, tornando-se parte intrínseca da identidade desses clubes. Suas histórias abrigam elementos pitorescos, desde um grupo de escoteiros até uma envolvente frevo-canção.