Mailson cresceu em meio a sete irmãos, no Agreste de Alagoas, onde trabalhava nas plantações de algodão, feijão e milho na roça da família. Durante sua juventude, vendeu óculos de sol nas praias de São Paulo, sem jamais imaginar, aos 17 anos na época, que se tornaria um atleta. Na Ilha do Retiro, ele se destacou como goleiro do Sport e agora, quase uma década depois, parou o ataque de Cristiano Ronaldo.
Desde agosto do ano passado, Mailson está na Arábia Saudita, negociado pelo Sport para o Al Taawon. Por sua vez, Cristiano Ronaldo transferiu-se para o Al Nassr no início de 2023, em um contrato que totaliza R$ 1,09 bilhão por temporada, incluindo salários e acordos de publicidade.
O brasileiro relata que o impacto da chegada de Cristiano Ronaldo foi sentido de forma imediata:
“É um cara que sempre vai estar sob olhares. Os jogos antes dele vir tinham 200, 100 pessoas. Hoje você procura ingresso e não tem.“
Ao se enfrentarem, o Al-Nassr, time de Cristiano Ronaldo, venceu o Al Taawon por 2 a 1. Entretanto, Cristiano não conseguiu superar Mailson. O goleiro realizou três defesas em chutes de CR7. A primeira ocorreu em um chute colocado de fora da área. Em seguida, o goleiro bloqueou o atacante na pequena área, e, por fim, Mailson defendeu um poderoso chute de Cristiano na última tentativa.
Chegada das estrelas
Mailson encontrava-se no vestiário do estádio Prince Abdullah Bin Jalawi, prestes a enfrentar o Al Fateh como goleiro do Al-Taawon, na Arábia Saudita, quando recebeu a notícia que ainda hoje lhe custa acreditar: Neymar, considerado o maior atleta desta geração no futebol brasileiro, transferiu-se do PSG para a Liga Saudita, a fim de defender o Al-Hilal.
“Lembro que estávamos no vestiário e falaram que Neymar tinha fechado com o Al-Hilal. Todo mundo começou a falar: “É sério? É sério? Não é possível“.
“Eu cheguei lá e estavam todas as estrelas. Teve uma hora que pensei: o que está acontecendo aqui? Olhei para o lado tinha Mané, no outro tinha o Benzema. Ali, na minha cabeça, eu estava um menino. Passou um filme na cabeça, de onde eu vim, onde cresci. Estar junto com eles, falando eles…”