Cruzeiro, Bahia, Botafogo e Vasco foram os mais recentes clubes de destaque no Brasil a adotarem o modelo SAF – uma estrutura empresarial voltada para o futebol. Esse modelo tem ganhado expansão desde o final do ano passado e, consequentemente, passa a integrar as discussões das instituições esportivas de maneira mais proeminente para o ano de 2023.
O Sport, time pernambucano, está em negociações com seis investidores no momento e planeja se aproximar dessa abordagem em termos burocráticos, embora ainda não haja propostas formalizadas ou previsão de avanço nesse aspecto. Ao mesmo tempo, o presidente Yuri Romão enxerga essa mudança como inevitável.
“Não vislumbro nenhuma saída para os clubes pequenos e médios senão ter um parceiro forte do lado, ter um investidor. Porque a distância entre um clube feito o Sport e os outros clubes, ela é gigantesca. Se estivéssemos na Série A agora, a gente ia ter muita dificuldade.”
Diferença de receitas
“Não vejo como um clube com uma dívida astronômica como a do Sport, de R$ 300 milhões, consiga em curto espaço de tempo acompanhar equipes como Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG.”
O clube está empenhado em encontrar o equilíbrio entre o risco de aguardar demais ou tomar uma decisão precipitada na adesão ao modelo SAF. Afinal, ainda não se tem um entendimento completo sobre o impacto que essa mudança poderá ter no futuro.
No caso do Sport, apesar das seis sondagens, seria crucial realizar uma reformulação do estatuto, e o presidente ainda está planejando uma visita ao Cruzeiro, levando membros do Conselho, por onde uma eventual reforma seria discutida.
“Não tem proposta ainda, eles estão querendo entender o Sport. A gente não tem o valuation do clube. O Sport está sendo feito um valuation pago pelo investidor e esse preço vai ficar para eles. Não é que vou aderir ao que estão dizendo.”