Apesar de ter sido um clássico com torcida única, a violência mais uma vez ocupou o centro das atenções no futebol pernambucano. Recentemente, como resposta aos incidentes de violência dentro e fora dos estádios, o Governo do Estado, em colaboração com a Secretaria de Defesa Social (SDS) e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), decidiu implementar a medida de torcida única nos clássicos locais.
No entanto, no primeiro clássico após a adoção dessas novas normas, os torcedores rubro-negros conseguiram se infiltrar nos Aflitos. Ao longo da partida, foram identificados pelos torcedores alvirrubros e subsequentemente agredidos em diferentes pontos do estádio.
Antes do jogo, Dado Cavalcanti, treinador do Náutico, expressou seu descontentamento com a implementação da torcida única em Pernambuco. “Não entrarei em polêmicas sobre a escolha da torcida única. Como amante do esporte, acostumei-me a ver duas torcidas em campo. Mas a nossa já seria maioria em qualquer circunstância”, destacou.
Como se deu a briga?
Horas antes do início do jogo, surgiram imagens nas redes sociais indicando que torcedores do Sport tentariam se infiltrar na torcida do Náutico, gerando uma tensão palpável de possíveis confrontos nos Aflitos. Em alguns setores do estádio, prevalecia um clima de verdadeira caça aos rubro-negros infiltrados, sendo qualquer pessoa sem a camisa alvirrubra considerada um alvo em potencial.
Aos 34 minutos, o volante Pedro Martins chutou a bola em direção à torcida alvirrubra, desencadeando uma confusão generalizada no campo, com jogadores envolvidos em discussões e empurrões. O árbitro José Washington puniu o jogador com um cartão amarelo.
Nas arquibancadas, uma briga generalizada eclodiu quando os torcedores rubro-negros foram descobertos pelos alvirrubros. O Batalhão de Choque da Polícia Militar teve que intervir para conter os ânimos exaltados. Além disso, durante o segundo tempo, torcedores do Náutico arremessaram copos no gramado, conforme registrado na súmula da partida pelo árbitro.