A declaração foi postada pelo técnico Mariano Soso em setembro de 2019, em seu perfil no Twitter. Na época, ele não tinha ideia de que, anos depois, estaria chegando ao estado de nascimento do autor da frase para enfrentar sua primeira experiência no futebol brasileiro.
A menção de Soso a Paulo Freire não foi coincidência, e é justo atribuir isso à influência de sua mãe, Alicia Lesgart, uma educadora e ativista de direitos humanos na Argentina. “Nasci em uma casa onde minha mãe é educadora popular, alfabetizadora, e onde Paulo Freire foi lido desde muito cedo. É alguém que respeito e admiro.”
“A cultura deste país é muito presente na minha infância. Por isso, também estou muito honrado que me convoquem, em particular, por esse clube, pela forma de sentir o futebol e o apoio incondicional da torcida.”
Quem é?
O pernambucano Paulo Freire ganhou renome mundial por seu destacado trabalho como educador e filósofo. Sua abordagem, conhecida como Pedagogia da Libertação, propõe um método educacional centrado na emancipação dos oprimidos, utilizando a educação como uma ferramenta para conscientização e transformação social.
Ao longo de sua vida, Paulo Freire produziu uma série de livros, sendo notáveis “Pedagogia do Oprimido”, “Educação como Prática da Liberdade”, “Pedagogia da Autonomia” e “Pedagogia da Esperança”. Essas obras foram fundamentais para a formulação da Pedagogia da Libertação e mantêm-se como referências importantes nos campos da educação e da filosofia.
Soso assume o cargo deixado por Enderson Moreira antes da última rodada da Série B, na qual o Sport foi derrotado pelo Vitória, perdendo assim a chance de conquistar o acesso. O treinador estava no Melgar, do Peru, onde alcançou o segundo lugar no campeonato local e conduziu a equipe à fase preliminar da Libertadores com uma notável sequência de resultados. Em 38 partidas, registrou 18 vitórias, 13 empates e apenas sete derrotas.