Aos 32 anos, em 2012, a carreira de Carlinhos Bala parecia ter despencado em um poço sem fundo. Pela quinta vez consecutiva em sua trajetória profissional, o atacante foi dispensado do clube que defendia. O Santa Cruz confirmou que o jogador não fazia parte dos planos do técnico Zé Teodoro para a disputa da Série C.
Náutico e Atlético-GO (2010), e Sport e Fortaleza (2011) completam a lista de vexames consecutivos do jogador, que, certamente, não voltaria mais a atuar por nenhum dos três clubes da capital. Sempre polêmico por suas declarações e atitudes, o retorno de Carlinhos Bala ao Santa Cruz após seis anos foi encarado como um recomeço pelo atleta.
Pedindo perdão pelos erros do passado e rodeado pelo presidente, dirigentes e até líder de torcida organizada, Bala foi apresentado e ganhou uma “nova chance” no Santa Cruz. A verdade é que nem a diretoria nem a maioria da torcida queriam o atacante no Arruda, apenas o treinado Zé Teodoro.
Quais as condições?
Extraoficialmente, comentava-se que o atacante ganhava mais do que o artilheiro do Estadual, Dênis Marques (que recebia R$ 15 mil de salário mensal). Em sua segunda passagem pelo Tricolor, Bala marcou dois gols em 11 jogos disputados.
Passou boa parte do tempo no departamento médico e nunca conseguiu atingir a forma física ideal. Para coroar sua melancólica despedida, na final contra o Sport, na Ilha, ele foi expulso sem sequer entrar em campo. Na saída para os vestiários, foi agredido pelas costas por um torcedor rubro-negro que invadiu o campo e revidou.
Já em 2024, depois de passagens notáveis pelo Náutico, Santa Cruz e Sport, Carlinhos Bala resolveu arriscar a carreira atual em outro esporte. A posição de kicker no futebol americano é bastante similar ao atacante no futebol que estamos acostumados: a função principal é chutar.